Disciplina - Sociologia

Amarelo manga

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Trailer
capaFicha técnica
Sinopse

Reflexões sociológicas
O filme “Amarelo Manga” (2003) do diretor estreante em longa-metragem Cláudio Assis já fala por si em sua capa e slogan. “O ser humano é estômago e sexo” tendo uma vagina com pêlos amarelos no pôster, ilustrando a atitude e a coragem desse cinegrafista que buscou fugir dos moldes convencionais de se produzir filmes no Brasil. E conseguiu. Poucos filmes nacionais são tão sinceros e contundentes. Feito por quem vive a realidade abordada.

“Amarelo Manga” sepulta de vez a discussão sobre a estética da pobreza, ao exibir sem vergonhas a miséria, evitar o maniqueísmo e mostrar os marginalizados não como vítimas, mas como fatores viciados da carência nacional. 

Trechos do filme
- Cotidiano                                     - Periferia

Sugestões temáticas
- Periferia
- Relações sociais
- Contraste social
- Cotidiano
- Educação
- Relações sociais
- Miséria
- Pobreza
- Micropoder
- Estética da pobreza
- Realidade social
- Relações de gênero

Mais informações
O filme não tem um protagonista, o personagem principal é o povo brasileiro, personificado nos nativos de Recife, sem amarras, sem tabus e sem preconceitos.

Tratando temas como necrofilia, homossexualismo e adultério sem ser sombrio, Assis retrata a realidade miserável de seus personagens de forma natural, como nós vemos no dia a dia, sem transformá-los em herois ou vítimas da realidade social.

O filme é natural e visceral, sem deixar de ser repugnante e angustiante, como descreveu o próprio diretor: “Amarelo Manga é um soco no estômago. ”A fotografia amarela hepática que circunda todo o filme é obra do excepcional diretor de fotografia Luiz Fernando de Carvalho, que captou a ideia de que amarelo manga é tudo aquilo que está gasto, velho, dentes amarelados, paredes escurecidas, remelas, escarros, coisas embaçadas pelo tempo.

E é nessa atmosfera que os personagens povoam o pulguento Texas Hotel, o centro da trama. Ali, quem manda na prática é o homossexual Dunga, cozinheiro e faxineiro, apaixonado pelo açougueiro Wellington Kanibal, que trai a esposa evangélica, Kika.

Para completar, vive no Texas o necrófilo Isaac, encantado com a dona de boteco Lígia, mas que acaba transformando, na verdade, a vida de Kika.

Ao fim do filme, muitas respostas ficam no ar. Claúdio Assis deixa finais abertos, como feridas, pois sabe bem que a reflexão do espectador é mais importante quando o filme termina, quando o impacto acalma e o entendimento sobre a  realidade mostrada se conclui. (Fonte: Tela Crítica).

Atenção: observar a faixa etária antes de levar o filme para a sala de aula.
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