Disciplina - Sociologia

King Kong

capa do filmeFicha técnica
Sinopse

Reflexões sociológicas
O gorila gigante parece ser capaz de expressar sentimentos verdadeiros, enquanto o homem, imerso no mundo fetichizado das mercadorias, tornou-se incapaz de fazê-lo.

De certo modo, o filme King Kong é a expressão alegórica da inversão estranhada produzida pelas relações sociais capitalistas, onde o que é humano se expressa nos animais e o que é "animalesco" torna-se próprio do homem.

O modelo de sociedade vigente aparece no filme quando Denham vê no gorila gigante oportunidade de lucros milionários na América e convence o capitão do Venture a capturá-lo e a levá-lo para Nova York, onde se torna objeto de exploração e exibição para a high society.

Sugestões temáticas
- Espetacularização - Lucro - Sociedade do espetáculo

Mais informações
Em plena depressão da década de 1930, a atriz de teatro Ann Darrow, interpretada por Naomi Watts, desempregada e faminta, decide aceitar a proposta do cineasta Carl Denham, para contracenar em seu filme, que, segundo ele, será rodado em Singapura.

Com uma equipe restrita de protagonistas (o casal do elenco, um técnico de som, assistente de direção, câmera e Jack Driscoll, o roteirista), eles partem no cargueiro Venture. Entretanto, em alto-mar, Denham diz que o destino do velho cargueiro não será Singapura, mas sim a Ilha da Caveira. Levados por uma tempestade para a Ilha desconhecida, eles acabam enfrentando canibais, que sequestram Ann Darrow para oferecê-la a Kong, o gorila gigante de 7,6 metros e 3,6 toneladas.imagem do filme

Kong se apaixona por Ann, salvando-lhe a vida ao protegê-la de dinossauros predadores. A Ilha da Caveira é um território perdido em pleno século XX, cenário pré-histórico, habitada por dinossauros, animais e insetos monstruosos e exóticos. Em busca de Ann, os tripulantes do Venture se deparam com Kong. Conseguem trazê-la de volta, mas Kong persegue sua amada Ann. Denham vê no gorila gigante oportunidade de lucros milionários na América.

Convence o capitão do Venture a capturá-lo e a levá-lo para Nova York, onde se torna objeto de exploração e exibição para a high society. Mas Kong não consegue ficar longe da amada. É interessante que, em sua Ilha, Kong era o Rei do mundo pré-histórico, vencendo dinossauros e répteis. Entretanto, é derrotado pela beleza de Ann Darrow e pela tecnologia de destruição do homem (morre no topo do prédio-símbolo da civilização do capital, o Empire Sate Building, atingido por rajadas de metralhadoras de aviões de caça).

A versão de Peter Jackson é bastante fiel ao clássico de 1933, inclusive, destacando com ênfase a paixão do gorila gigante pela bela Ann Darrow (a cena da dança no gelo de Kong e Ann não existia no filme original e foi elaborada para salientar o afeto visceral que o gorila gigante tinha pela jovem loira). Foi por ela que Kong se sacrificou, enfrentando os caçadores de Carl Denham. É a paixão que irá levá-lo à morte no seio da civilização do lucro. (Adaptado de tela Crítica).
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